quarta-feira, julho 27, 2005

Rooms to Rent

(Amor Proibido)

Se o coração humano fosse um hotel, eu, a esta altura, estava a alugar todos os quartos. Isto porque poucos são os hóspedes que ficam por muito tempo. O que acontece na maioria das vezes é que, ao fim de algum tempo, as pessoas vão embora e nunca mais voltam.

Todos, mais cedo ou mais tarde, acabam por ir. Todos menos um. Um que dormita na suite presidencial e que paga com sorrisos. Um muito especial que se fosse uma estação do ano seria a Primavera, porque por onde passa deixa um rasto de flores.

Há amores que nos transportam até à Lua e que cantamos aos quatro ventos… E há amores que nos transportam até à Lua e que guardamos no mais profundo do nosso ser, com medo de os perder.

Ao longo de uma vida, vamos saltando de amor em amor, de homem em homem, sem percebermos o que tudo isso significa. Amanhã acordamos em braços diferentes daqueles que hoje nos despertaram e só percebemos a importância da vida quando queremos dormir nos braços que estão fechados para nós.

Olho para trás e vejo que amei e fui amada (nem sempre pelos que amava, mas…) mas só o percebo porque aquele que amo, neste momento, não me ama. Mesmo assim, lembro-me bem do modo como me sorri, como me faz sentir bem quando está por perto, como me fez mudar de homem-padrão…

Todos temos Amores Proibidos, pelo médico de família, pelo patrão, pelo professor, pelo director do jornal, pelo homem casado da nossa entrada, pelo sogro… Se calhar, um numa vida inteira… Mas com toda a certeza, um que nos faz perceber que o mundo é pequeno e cabe num abraço.

Um que nos faz perceber que só o sonho de dois corpos juntos é suficiente para continuar em frente…

terça-feira, julho 12, 2005

Excerto de um Exame

”(…) A verdade é que todos nós temos a nossa vida, o nosso credo, o nosso clube de futebol, a nossa inclinação política, os nossos gostos e desgostos e começamos a construir tudo isso muito antes de nos tornarmos profissionais da Comunicação Social.

O grande desafio que se coloca a cada um de nós é manter esta nossa essência, conjugando-a com os deveres ético-deontológicos inerentes à profissão que escolhemos sem colocar nunca em causa a noção de serviço público, isenção e credibilidade.”