segunda-feira, junho 13, 2005

“Goticismo: uma cultura imortal”

Uma das coisas mais acertadas que eu fiz na vida (pelo menos desde que entrei no ensino superior) foi ter optado por fazer um trabalho para a cadeira de Cultura Portuguesa Contemporânea. E nada melhor do que fazer um trabalho sobre algo que sempre nos fascinou: Cultura Gótica.

Às vezes dou comigo a pensar que só mesmo eu para conseguir encaixar estas coisas nos programas das diferentes disciplinas… Bem, a professora Conceição Meireles (é dela que trata este post) teve um papel decisivo nisto tudo. Quando apresentei a proposta estava com um bocado de receio dela ser rejeitada, ou ainda pior, ser seguida de um comentário que ouço muitas vezes “Que parvoíce! É sempre a mesma; tenha juízo…”

Mas não… A professora Conceição aceitou a minha proposta e acompanhou-me durante todo o tempo. Pela primeira vez apetecia-me ir a todas as aulas teóricas (também raras vezes voltou a acontecer, mas…) e apetecia-me “perder” tempo a falar com os professores que as leccionavam.

Tenho pena da professora Conceição passar a maior parte do seu tempo em Letras e não em JCC. Sempre a considerei uma professora exemplar, que esteve sempre lá para nós, que repetia algumas vezes a matéria para ter a certeza que nós a compreendíamos, que nunca foi rude connosco, mesmo quando a maioria fazia barulho ou quando, ao meio-dia, já só estávamos meia dúzia na sala (de 4 turmas).

Um dos momentos que nunca me esquecerei desta professora é a morte do Sousa Franco. Soubemos da notícia em plena aula e no intervalo fomos todos a correr ver a televisão (não que isso me interessa-se muito ou que isso tenha alguma coisa a ver com a professora Conceição directamente, mas…)

O outro momento trata-se de uma espécie de carinho que nunca ninguém antes me tinha dito. Estamos habituados a que os outros tenham uma opinião errada de nós e nos julguem pela aparência ao ponto de não acreditarmos que há alguém no mundo que achará graça às nossas escolhas e não nos condenará por elas. Um dia, ia eu falar com a professora Conceição sobre o meu trabalho e ela, em vez de me chamar pelo meu nome, chamou-me de “minha gótica”, mas do modo mais doce que a expressão possa ser dita e fazendo-me acreditar que, afinal, existem pessoas que conseguem ver para além dos estereótipos…

2 comentários:

Anónimo disse...

goticismo...
uma cultura?nao...
uma filosofia de vida? nao...
um modo de pensar?nao...
uma maneira de estar?nao...
um meio de concretizar um fim?nao...
entao?!
uma imitação barata e distorcida do verdadeiro e unico satanismo....:(

Anónimo disse...

Olha la' o anonimozeco s na~o tens nd d inteligent pa dizer cala a boca... se metesses a imitaçao barata no cu e' que fazias bem!! essa agora...