segunda-feira, junho 13, 2005

O nosso tempo nunca é perdido

No início do ano, todos me falaram mal das aulas teóricas de Comunicações Digitais e Internet (CDI para os amigos). Não vou revelar nomes, porque se assim fosse ficava sem espaço e tinha de criar outro Blog. Posso apenas dizer que me deixei influenciar e essa foi a maior asneira da minha vida (ou então a maior deste que entrei no ensino superior, a história do costume…)

Como é que eu posso formar a minha opinião sobre uma pessoa com base no que outros me dizem? (Se bem que se for pela minha própria experiência as coisas não correm muito melhor: nunca gosto de ninguém no início. O que vale é que mudo sempre de opinião…) Neste caso refiro-me à minha opinião errada sobre o professor Alexandre Carvalho.

Posso afirmar que no princípio quase nunca ia às aulas teóricas de CDI. Até que, lá para o meio do semestre, comecei a ir mais vezes e a perceber o universo que gira à minha volta. O problema não é as aulas serem más, porque não o são, muito pelo contrário. O problema é a disposição com que as pessoas vão para as aulas.

Num curso onde três quartos dos alunos não vão para multimédia e onde cerca de 85% não teve matemática e/ou física, é difícil ir a uma aula dada por um engenheiro (que se diz por aí, terem um bocado a mania). A maioria das pessoas que esteve nas aulas comigo não fez um único esforço para tentar perceber o que é que estava a ser dado e achou mais fácil dizer que não percebia nada de informática.

As aulas do professor Alexandre, no primeiro semestre, fizeram-me perceber que os três anos que passei no secundário, rodeada de livros de matemática e resolvendo todos os exercícios de Física que me apareciam à frente não foram perda de tempo e a grande asneira não foi ter ido para Cientifico, mas sim para Química, quando sabia que a minha paixão era a Física.

E, além do mais, essas aulas foram o mais próximo que eu tive daquilo que realmente eu sabia fazer, daquilo que eu percebia minimamente. É giro estarmos rodeados de pessoas que pensam que por virem de Humanidades são mais cultas e vê-las desesperar quando têm de fazer algo básico como saber a diferença entre um cabo simples e um coaxial…

Este semestre, as aulas teóricas de Atelier de Multimédia (AM) começaram muito melhor, porque já não havia o “mito do AVC”, já não haviam ideias pré-formadas… Apenas uma vontade tremenda de saber mais sobre aquilo que nos diz alguma coisa no meio de tanta cultura geral…

Sem comentários: