sábado, outubro 15, 2005

Luce

A noite descera cedo. Eram 20 horas quando ele estacionou o carro, com um pião. O automóvel imobilizou-se na entrada principal do edificio abandonado. Saimos tal como tinhamos feito na tarde anterior e fomos para o último andar.

Não sabia o que se estava a passar comigo, só sabia que tinha um aperto no peito, que tinha medo e uma vontade tão grande de chorar que, não vertendo lágrimas, me estava a queimar por dentro. Só colocando a mão no seu ombro me acalmei.

Ele estava lá, ao meu lado, por isso nada de mal me poderia acontecer. Lembrei-me da noite (27 Agosto) em que nos zangamos e ele me disse que ia para lá. Nessa noite sabia que tinha coragem para o procurar lá. Tinha de ter a mesma coragem nesse momento...

Foi assim que percebi que os melhores momentos da minha vida eram aqueles em que ele estava ao meu lado. As noites em que disse adeus ao sono para o poder ver a dormir, como uma criança desprotegida. As vezes em que os seus lábios me tocarame eu perdi todas as noções espacio-temporais...

Foi assim que percebi que aquela podia ser a melhor noite de todas as que passei com ele. E fiz todos os possíveis para o ser... E foi!

E nesse momento percebi também uma das lacunas do meu Espelho. Como podia ele não espelhar a minha felicidade? Como podia ele não falar da pessoa mais importante que tenho na minha vida?

Lord Luciffer

1 comentário:

Filipa Moreira disse...

Ao meu Luce, que me faz acreditar todos os dias que o Amor não é mau, como eu antes pensava que era...