quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Psicossociologia da Comunicação

O objecto da Psicossociologia da Comunicação é, acima de tudo, o ser humano… Podia ficar aqui algum tempo a tecer comentários e a expor a matéria da cadeira de Psicossociologia da Comunicação, do Curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto. Não o vou fazer! (Posso é depois deixar um ficheiro em formato digital, em anexo, com os apontamentos para quem estiver interessado…)

O que vou falar em relação a este tema é da pessoa que durante um semestre nos tentou transmitir, o melhor que sabia, os seus conhecimentos, e verdade seja dita, soube desempenhar a sua função de uma forma exemplar. Falo do professor universitário Jorge Marinho, licenciado em Jornalismo como nós ansiamos um dia vir a ser.

(Vou hoje começar uma série de artigos de opinião tendo como tema os professores do curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação, da Faculdade de Letras, da Universidade do Porto. E por falar em ‘da Faculdade de Letras’, afinal JCC é Letras ou não? Quando decidirem alguma coisa gostava de saber…)

É um dado adquirido que o professor Jorge Marinho não é como os outros professores. Para mim isso não é mau, muito pelo contrário. De todos os professores que por mim passaram, ele é o mais justo e o mais verdadeiro. Não quero dizer que os outros não o sejam, mas o professor Marinho sabe sê-lo de uma forma diferente.

Claro que a imagem de marca deste profissional é o tom coloquial com que dá as aulas, mas isso não nos faz sentir desconfortáveis, a mim não. Lembro-me como se fosse hoje da aula em que ele me pediu para me levantar e de seguida me pediu para sentar, só para explicar como os estudos de Pavlov se aplicavam à Comunicação, e da aula em que ele pediu a uma rapariga para sair da sala e voltar a entrar. Não é que estes momentos sejam de grande importância para o nosso estudo, mas graças a isto ainda sei que numa entrevista as perguntas funcionam como estímulos e que quando vemos uma pessoa pela primeira vez primeiro reparamos na aparência geral.

No início do ano comecei por pensar que o modo como o professor Marinho leccionar a matéria o tornava quase numa máquina, em algo que tinha como única função mandar cá para fora os seus conhecimentos. Com o passar do tempo percebi que possivelmente tinha conhecido a pessoa mais humana que algum dia poderei conhecer e o profissional que melhor sabe realizar as suas tarefas.

Dei comigo a pensar muitas vezes que se o professor Marinho fosse o responsável pelos meios de comunicação social não viveríamos numa Sociedade Frankenstein, ou que se todos os jornalistas fossem como ele, o mundo da informação seria o expoente máximo de ética e deontologia.

Como as suas palavras representavam a realidade que todos nós vivemos. “Todos nós sabemos que o que conta é o interior de cada um, mas o que se vê primeiro é o exterior e não temos uma segunda oportunidade para causar uma boa primeira impressão” E, ao seu modo muito particular, também soube introduzir um pouco de humor às aulas. “Imaginem um médico, nas urgências de um hospital, que vem falar à televisão e tem vestido uma camisa sem mangas, uns calções de praia e chinelos de meter o dedo.”, “Vocês tiram a televisão da cozinha e tentam explicar os perigos dela lá continuar e ouvem do vosso interlocutor algo do género ‘Põe a televisão no sítio e tem lá juízo” e tantas outras.

O professor Marinho, assim como todos os outros, passou tanto tempo connosco que é quase como se fosse da família, de uma grande família que se cria em cada faculdade, em cada curso… Agora só me resta esperar que os senhores a as senhoras que fizeram exame comigo hoje, a Psicossociologia da Comunicação, vejam o seu estudo justificado por uma nota agradável, e aguardar pelo próximo semestre, por Semiótica...

8 comentários:

unintended disse...

Fazer apologia da faculdade no blog bem como andar a explicar a matéria duma cadeira da faculdade num blog é algo que não se deve fazer...São as leis elementares do universo dos blogs:P
No entanto gostei da menção ao Pavlov, e ao contrário do que pensas um economista não vê só numeros à frente...

Anónimo disse...

Da página do curso

"O curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação, que tem como base um protocolo assinado pelas Faculdades de Letras, Engenharia, Belas-Artes e Economia, pretende combinar uma formação em Humanísticas (Ciências Sociais) com a vertente das novas tecnologias da informação e da comunicação e as dimensões estética e gráfica."

A faculdade que gere os processos administrativos é a FLUP, por isso a maior ligação. No entanto, LJCC é um curso da UP acima de tudo.

Anónimo disse...

Gosh!... espera só por Públicos&Audiências!!

Filipa Moreira disse...

Eu vou para Multimedia... Não tenho disso... lol...

Anónimo disse...

ah poix!!! :P

Filipa Moreira disse...

E se tudo correr bem... nunca mais volto a ter aulas com ele. 10 a semiotica já deve ser bom...

Mas uma palavra para aqueles que têm de ter aulas ainda com ele ou que têm de fazer algum exame e não gostem dele na sua plenitude ou em parte: Pensem que nada é eterno e que um dia o vosso sofrimento vai/tem de acabar...

Anónimo disse...

eu gosto dele, acho-o um excelente professor. Só acho que o regime de avaliação das disciplinas dele é desequilibrado: mta matéria num só exame final! O que é impossível de , até, ir ao encontro do gosto dos alunos pelo estudo, pois torna-se massador... e poderia ser um estudo mais rico e proveitoso, se fosse repartido! that's all! :P ;)

Anónimo disse...

foooooooooooooooooonix! chama-lo de massador seria um elogio...... tenho exame amanha e vou-me enterrar fortemente...
Ah, eu tabmebm fui a feliz contemplada da minha turma a quem ele pediu pra levantar e sentar. E eu obedeci fielmente, au au... anyway, ele também nao vai muito com a minha cara :-$
Bom blog ;)